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sábado, 24 de março de 2012

Tipos de Deficiência Auditiva

De certa forma, o conteúdo desta seção é mais do que você precisa saber a fim de tornar o conteúdo web acessível a pessoas que são surdas ou possuem "Audição difícil"; mas está incluído em nosso contexto na esperança de que a maior compreensão e acesso a informações aumente a apreciação e maior compromisso para que mais pessoas possam fornecer conteúdo que seja acessível a eles também.
Gostaria também de salientar que o uso do termo "Deficiência" no título desta seção é uma escolha controversa, considerando a atitude de muitas pessoas da Comunidade Surda. Mais do que quaisquer dos outros grupos de indivíduos comumente chamados de "deficientes", aqueles que são surdos são muito menos inclinados a pensar em sua condição como uma Deficiência. Nós iremos ler mais sobre este assunto na útima seção deste artigo - A Cultura dos Surdos. Ainda assim, tenho propositadamente mantida a palavra "Deficiência" nesta seção, não para provocar controvérsia, mas para sublinhar o fato de que aqueles que são surdos não podem ouvir conteúdos de áudio, e este é o ponto crítico que os desenvolvedores web devem lembrar.
Surdez não é uma condição de "tudo ou nada". Embora existam pessoas que são completamente surdas, há também pessoas com diversos graus de perda auditiva funcional. Graus de perda auditiva muitas vezes são classificados como leve, moderada, grave, profunda. Habitualmente, aqueles que se dizem surdos têm a perda auditiva severa ou profunda. Aqueles com menor grau de perda auditiva são comummente referidos como Audição difícil.

Graus de perda auditiva

Perda Auditiva Leve:
A incapacidade de ouvir sons abaixo de 30 decibéis. Discursos podem ser de difícil Audição especialmente se estiverem presentes ruídos de fundo.
Perda Auditiva Moderada:
A incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 50 decibéis. Aparelho ou prótese auditiva pode ser necessária.
Perda Auditiva Severa:
A incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 80 decibéis. Próteses auditivas são úteis em alguns casos, mas são insuficientes em outros. Alguns indivíduos com perda auditiva severa se comunicam principalmente através de linguagem gestual, outros contam com uso das técnicas de leitura labial.
Perda Auditiva Profunda:
A ausência da capacidade de ouvir, ou a incapacidade de ouvir sons abaixo de cerca de 95 decibéis. Tal como aqueles com perda auditiva severa, alguns indivíduos com perda auditiva profunda se comunicam principalmente através de linguagem gestual, outros com uso das técnicas de leitura labial.

Classificações da perda de Audição

Surdez por perda Condutiva é o resultado de dano ou bloqueio das partes móveis do ouvido. Os ossos saudáveis de uma orelha interna, os ossículos: martelo, bigorna e estribo vibrão em resposta a sons. Certas doenças ou lesões podem levar á  incapacidade destes ossos vibrarem adequadamente, impedindo a detecção das informações sonoras.
Surdez do nervo (Surdez Da Cóclea ou do Nervo Auditivo ) ocorre quando o nervo auditivo está danificado, impedindo assim a obtenção de informações auditivas para o cérebro. Os ossos do ouvido interno podem vibrar corretamente mas os nervos são incapazes de transmitir essa informação adequada mente para o cérebro.
Som alto - perda auditiva é como o próprio nome indica, a perda da capacidade de ouvir tons altos. Uma das mais importantes consequências sociais é que vozes femininas são mais difíceis de compreender.
Som baixo - perda auditiva é a incapacidade de ouvir tons baixos. Vozes masculinas são difíceis de ouvir e entender.
Surdo e Cego é a condição onde ocorrem ambos as condições para os surdos e cegos. Os indivíduos que são surdos-cegos muitas vezes se comunicam com a linguagem gestual, mas devem ser capazes de perceber os sinais que a outra pessoa está fazendo, essencialmente através da exploração das mãos enquanto a outra pessoa conversar. Ao acessar o conteúdo da web, eles geralmente utilizam Browser em Braille, dispositivos que lhes permitem o acesso de todos os conteúdos textuais da página web, incluindo texto alternativo para imagens.

Causas da perda da Audição

A maior parte surdez ocorre nos primeiros anos de vida, a maioria das vezes é genético ou com causas perinatais. A surdez também pode ocorrer como resultado de infecções do ouvido médio (otite média), que são mais comuns em crianças. Também é possível adquirir surdez com o decorrer da vida, por doenças ou lesões traumáticas. Como adicional  a perda auditiva é parte comum do processo de envelhecimento, especialmente em homens.

 

Como saber quando a audição está comprometida?

Aparelhos de MP3, buzinas de carro, televisão, computador, balada… Esses são alguns dos responsáveis pelos ruídos intensos que costumamos escutar ao longo do dia e que podem provocar sérios problemas auditivos. Segundo reportagem da revista CLAUDIA, em todo o planeta, 120 milhões de pessoas já estão com a audição afetada e podem caminhar para a surdez, já que as células do ouvido não têm a capacidade de se regenerar.
A primeira área a ser comprometida na perda da audição é a encarregada da percepção dos tons mais agudos, explica a otorrinolaringologista Rita de Cássia Guimarães. Entretanto, ela pode nem ser percebida de início. Por isso, confira outros sinais importantes para saber se a sua capacidade de escutar está sendo afetada:
- Você escuta o que as pessoas dizem, mas às vezes não entende bem ou perde partes da mensagem?
- Costuma pedir para que repitam o que acabaram de falar?
- Dizem que você mantém TV e CD player altos demais?
- Sente dificuldade de ouvir ao telefone?
- Com ruídos ao fundo, não entende seu interlocutor?
- Se alguém conversa de costas, ou de outro cômodo, você não compreende?
- Tem apresentado zumbido no ouvido?
- Não ouve torneira pingando, tique-taque do relógio e as consoantes “t”, “k” e “s”?
Se você apresenta alguns desses problemas, é a hora de procurar um otorrino para avaliar a sua audição.

 

Livre seu filho de problemas auditivos

No Brasil, três em cada mil crianças possuem algum tipo de deficiência auditiva. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 1,5%  da  população  nos  países  subdesenvolvidos  é  surda. Sendo assim, os pais devem ficar atentos e realizar o exame que identifica o problema ainda nos primeiros dias de vida do bebê. A deficiência auditiva, se não for tratada adequadamente, pode acarretar em problemas na fala, alfabetização e sociabilidade.
Qualquer  recém-nascido  pode  apresentar  um  problema  auditivo  ou  adquiri-lo  nos  primeiros  anos  de  vida,  mesmo  que  não  haja  caso  de  surdez  na  família  ou  fatores  de  risco aparentes, como no caso de mães que tiveram rubéola durante a gravidez.
Quando  a  deficiência  é  diagnosticada  precocemente,  dificuldades  na  comunicação oral e até o risco da criança ficar muda podem ser evitados. Um dos principais problemas no diagnóstico tardio é o desenvolvimento da fala. Isso porque a criança aprende a falar ouvindo, portanto, a fala é prejudicada devido à falta de estímulo pela audição.
De acordo com a fonoaudióloga Marta Maria Ribas, o ideal é que todos os bebês sejam submetidos ao teste de alta emissão, o chamado “teste da orelhinha”, responsável pela detecção de algum prejuízo na audição dos pequenos. “O exame é extremamente importante, principalmente para os bebês que permanecem nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) após o nascimento, devido ao barulho constante do ambiente e dos equipamentos existentes no local”.
Segundo ela, outro fator que merece atenção é a otite, infecção no ouvido desenvolvida pelo acúmulo de líquido no sistema auditivo. “Ingerir o leite da mamadeira deitado pode desviar o conteúdo e desenvolver o problema. Se as inflamações acontecerem repetidamente, podem ser prejudiciais para o sistema auditivo das crianças”, explica a fonoaudióloga.
Traumas ou exposição constante à poluição sonora também podem prejudicar o sistema auditivo dos pequenos. Quedas graves e traumas ocasionados por ruídos muito fortes, como as bombinhas de festa junina, por exemplo, também podem levar a perdas auditivas parciais ou totais.
Há ainda a questão da acomodação auditiva: pesquisas revelam que há possibilidade de uma acomodação auditiva em decorrência da exposição contínua a sons excessivamente altos. De acordo com a audiologista Sabrina Lechugo Siqueira, “isso não representa uma perda imediata, mas pode levar a futuros problemas auditivos. É o caso de danceterias ou da utilização de walkman em alto volume”. Vale lembrar que os danos só ocorrem quando a exposição é constante e por um longo período de tempo.
Bruno Rodrigues