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domingo, 16 de outubro de 2011

CERA NO OUVIDO

CERA NO OUVIDO
O que é?
A cera ou cerume do ouvido é produzido por glândulas especiais existentes no terço mais externo do canal auditivo. Produzida e expelida em condições normais, a cera constitui um elemento de proteção do ouvido. Recobrindo a fina e frágil pele do canal, a cera atua como repelente da água que pode, muitas vezes, conter microorganismos e/ou detritos nocivos; outra função de proteção é através da retenção de poeira e partículas de areia, impedindo que esses elementos provoquem danos ao tímpano (membrana timpânica). Pouca produção ou ausência de cera resulta, em geral, em uma pele seca com aparecimento de coceira e descamação.
Devemos limpar os ouvidos?
A cera não é formada na parte profunda do canal do ouvido, próxima ao tímpano, mas somente na parte mais externa. Quando um paciente está com cera em cima da membrana timpânica, quase sempre é porque ela foi empurrada com cotonetes, grampos ou palitos, para o fundo do canal, na tentativa de "limpar" o ouvido. Além do mais, a pele do canal e do tímpano é muito fina e frágil e, conseqüentemente, fácil de ser lesada.
Normalmente, existe um pequeno acúmulo de cera no canal do ouvido que seca e se desprende com o pó e areia nela retidos. Portanto, o ouvido, na maioria das vezes, passa por um processo de autolimpeza. Pode haver também migração (deslocamento) e acúmulo para a parte mais externa do canal; neste caso deve ser feita a remoção da cera, mas somente na entrada do canal.
Em certas circunstâncias pode haver um acúmulo anormal de cera, formando um verdadeiro tampão, ocasionando surdez. Isto ocorre especialmente em condutos auditivos mais estreitos e tortuosos ou nas alterações da pele de revestimento. Quando a cera acumula em excesso ela deve ser removida por um médico, através de lavagens, aspirações ou com instrumentos especiais. Às vezes torna-se necessário usar, previamente, gotas especiais, para amolecer, soltar a cera antes das manobras de remoção. Remoções com lavagens não devem ser feitas se houver perfuração no tímpano; a entrada de água de lavagem através de uma perfuração timpânica irá provocar uma infecção, a otite média. O médico irá se certificar das condições da cera, do canal e da membrana timpânica antes de decidir pelo método de remoção.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico 

Por que temos cera nos ouvidos? 

Devemos retirar a cera dos ouvidos? 

Posso usar o cotonete para limpar os ouvidos? 

Como devo limpar meus ouvidos?


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domingo, 2 de outubro de 2011

Como cuidar de seus ouvidos

Como cuidar de seus ouvidos

Introdução

Voltaire dizia que o ouvido é "o caminho do coração". Parece uma descrição adequada. Pense em como o choro de uma criança, uma canção romântica ou o barulho do aparelho de som do seu vizinho às três da manhã podem mexer com as suas emoções.

Os ouvidos não apenas nos fazem ouvir. Também desempenham um papel na manutenção do nosso equilíbrio, fundamental para o dia-a-dia. Ainda assim os ignoramos. Não conseguimos nem enxergá-los, a não ser com a ajuda de um espelho. Aceitamos sem problemas o que fazem por nós, até percebermos que algo está errado, como quando sentimos uma dor ou quando começamos a pedir para as pessoas que repitam o que acabaram de dizer. Este artigo vai revelar informações vitais sobre o cuidado dos ouvidos, tais como:
  • Protegendo os ouvidos
    Todos sabem que barulhos muito altos podem danificar os ouvidos, mas há muitos outros modos de prejudicar a audição. Objetos exteriores ou sopros repentinos podem danificar o tímpano, resultando em uma perda de audição temporária ou, em alguns casos, permanente. Nesta seção, explicaremos como evitar danos aos ouvidos e mostraremos as melhores maneiras de lidar com barulhos altos. Também revelaremos qual é o limite tolerável de decibéis e vamos comparar a altura do farfalhar das folhas com a de um motor a jato.
  • Prevenindo problemas auriculares
    Além de garantir que você não perfure o tímpano com um objeto externo, há outros passos a tomar para prevenir problemas auriculares. Um deles é a otite dos nadadores (otite externa), uma doença que acontece quando bactérias crescem dentro do canal auricular. É uma infecção que pode ser bem dolorosa. Ensinaremos como prevenir e tratar esta infecção. Também revelaremos como fazer a manutenção diária dos ouvidos para mantê-los saudáveis e livres de problemas.
  • Infecções auriculares
    Quem tem filhos pequenos talvez já esteja acostumado com as infecções do ouvido médio, pois são as doenças mais comuns de bebês e crianças pequenas. Os adultos também têm infecções de ouvido, mas elas são muito mais graves nas crianças, pois são mais suscetíveis e os sintomas mais intensos. Daremos algumas dicas para prevenir que as crianças tenham infecções do ouvido médio e o que fazer caso isso aconteça.
  • Doenças dos ouvidos
    As infecções auriculares e os danos causados por barulhos excessivamente altos geralmente são problemas temporários. No entanto, alguns incômodos podem se tornar doenças graves e duradouras. Surdez, falta de equilíbrio e zumbido constante nos ouvidos são sinais de problemas sérios. Apresentaremos um guia das várias doenças auriculares existentes e de como tratá-las. Também ensinaremos como diferenciar um problema que você pode cuidar sozinho daqueles que necessitam da atenção de um médico.

Protegendo os ouvidos

Nossos ouvidos podem se beneficiar com um pouco de carinho e atenção. Aqui você encontra algumas maneiras de fazer isso acontecer.

Acidentes

Já que não conseguimos enxergar os mecanismos internos dos ouvidos enquanto transmitem ondas sonoras para o cérebro, nós nos esquecemos de que eles podem ser vulneráveis a ferimentos. Um tapa na orelha ou um ferimento durante um mergulho podem causar uma ruptura no tímpano, a membrana fina que separa o ouvido externo do ouvido médio.


Uma das causas mais comuns de ruptura no tímpano e de outros danos é introduzir um objeto dentro do ouvido. As pessoas fazem isso com muita freqüência, quando tentam aliviar uma coceira ou limpar cera, por exemplo.

Trauma acústico

Estar perto de uma explosão pode ensurdecer instantaneamente. Outros danos acústicos, no entanto, levam à perda progressiva da audição.

Vivemos numa época em que há muitos traumas acústicos, ou seja, ferimentos causados pelo som. Normalmente não percebemos o quanto sons altos podem ser prejudiciais. Estudos mostraram que 60% dos calouros universitários apresentam algum tipo de perda de audição. Isso pode ser causado pela poluição sonora.

Os barulhos muito altos podem prejudicar a audição porque danificam as pequenas células ciliadas do ouvido interno. Algumas doenças podem tornar essas células ainda mais sensíveis que o normal. Durante os exercícios aeróbicos, o sangue é desviado dos ouvidos para as pernas, braços e coração. Essa alteração do fluxo sangüíneo torna as células ciliadas mais sensíveis ao barulho. Assim, muitos especialistas em ginástica alertam que correr usando fones de ouvido dobra o risco de perda auditiva permanente. Da mesma forma, dançar de frente para o aparelho de som em pleno volume aumenta o potencial de dano auditivo. Estudos recentes confirmaram que muitas pessoas têm a audição prejudicada por escutar música muito alta, seja por irem freqüentemente a shows de rock, seja pelo uso de aparelhos de som portáteis.
Os danos causados por barulho estão relacionados a dois fatores: intensidade e duração. A intensidade é medida em decibéis. Um ponto que precisa ser lembrado sobre as escalas de decibéis é que um aumento de apenas três decibéis duplica a pressão do som. Portanto, uma britadeira de 120 decibéis emite muito mais que o dobro da pressão sonora do que uma conversa normal de 60 decibéis.

Aqui estão alguns testes que podem determinar se você está se expondo a níveis perigosos de som.
  • Se você está sujeito a um barulho que torna difícil entender alguém que está a poucos metros, falando com um tom de voz de conversa normal, provavelmente estará sendo exposto a cerca de 90 decibéis. A exposição freqüente a este nível pode levar à perda de audição.
  • Se depois de se submeter a um barulho você tiver um leve zumbido agudo e uma sensação de preenchimento nos ouvidos, estará vivenciando uma perda temporária da capacidade de ouvir. Se isso acontece duas ou mais vezes por semana, você pode estar a caminho de um dano auditivo permanente.
A solução é óbvia: interrompa o barulho. Mantenha o rádio em um volume razoável. Se os seus fones de ouvido estiverem tão altos que alguém próximo consiga ouvir a música, você está exagerando. Acredita-se que o uso de fones internos, em vez de headphones, tenha um efeito negativo na audição, pois o usuário precisa aumentar mais o volume para compensar o barulho exterior que perpassa por eles. Diminua o volume e limite o tempo de exposição.

Se você não consegue interromper o barulho porque trabalha em um ambiente barulhento, proteja seus ouvidos. Os protetores acústicos internos (do tipo earplug) e os externos (do tipo muff) são alguns dos dispositivos de proteção auricular. Alguns problemas para os ouvidos não são tão óbvios quanto os barulhos muito altos. Na próxima seção você aprenderá como prevenir outros problemas auriculares.


Níveis de decibéis
Estes são os níveis de decibéis de alguns sons cotidianos:
  • Motor a jato (a 30 metros): 130
  • Britadeira: 120
  • Show de rock: 100
  • Caminhão (a 5 metros): 90
  • Aspirador de pó: 75
  • Restaurante barulhento: 70
  • Conversa normal: 60
  • Interior de uma residência urbana: 50
  • Rua de bairro sem trânsito: 40
  • Sussurro: 30
  • Farfalhar das folhas: 10


Tímpanos perfurados
Se sentir uma dor aguda e repentina no ouvido após um evento traumático, como uma explosão ou um acidente de mergulho, você pode estar com o tímpano perfurado. Procure um médico imediatamente. Mesmo que a dor aconteça apenas na hora do acidente e em seguida passe, você pode ter algum tipo de dano no ouvido médio. Uma pequena perfuração do tímpano pode se curar sozinha em poucas semanas, se as infecções forem mantidas à distância. Uma perfuração maior pode necessitar de cirurgia

Prevenindo problemas auriculares

Aqui estão dicas para evitar alguns dos problemas auriculares mais comuns.

Otite externa (ou otite dos nadadores)

Os dias quentes e ensolarados na praia são divertidos. Lidar com a otite dos nadadores, não.

A otite externa, também chamada de otite dos nadadores, é uma infecção do canal do ouvido externo. Essa doença geralmente é causada por bactérias comuns e, às vezes, por fungos. Acontece quando bactérias se aninham em um canal do ouvido externo que esteja quente e úmido, condições que elas adoram. Ficar dentro d'água durante muito tempo não só cria estas condições, como tende a limpar a cera que normalmente reveste e protege o canal auricular. As bactérias podem levar vantagem e você pega uma infecção.


Na verdade, outras atividades podem desencadear um caso de otite externa, além da natação. A água pode ficar no seu ouvido após uma chuveirada. Ou nem precisa haver água: vasculhar com um grampo de cabelo ou com um cotonete pode arranhar a pele delicada do canal auricular e derrubar a barreira contra bactérias.

Qualquer que seja a causa, a otite externa em geral começa com uma coceira ou um comichão no ouvido. Resista à vontade de coçar, pois isso pode piorar o problema. Nos casos mais graves, você pode sentir dor e corrimento ou até mesmo um pouco de perda auditiva em função do inchaço do canal auricular. Uma maneira de saber se a infecção é no ouvido externo e não está mais profunda, é observar se dói quando você puxa e aperta suavemente.

A otite dos nadadores não é um resultado inevitável de um dia na piscina ou na praia. Aqui estão algumas medidas preventivas:
  • Evite nadar em águas sujas, onde há mais bactérias.
  • Não deixe a água ficar no seu ouvido. Em geral, você pode senti-la escorrer. Sacuda a água após tomar banho ou nadar.
  • Se você nada habitualmente, use antissépticos de gotas, especiais para os ouvidos, a fim de prevenir as infecções. Você também pode preparar rapidamente a sua própria mistura antisséptica, usando partes iguais de álcool farmacêutico e vinagre branco. Não faça isso se o seu tímpano não estiver completamente intacto. Consulte um médico antes de usar um antisséptico, para ter certeza de que é seguro para você.
  • Use uma touca de natação para evitar que a água entre no ouvido.
  • Não cutuque o ouvido externo com objeto algum. Isso remove a proteção natural contra as bactérias.
Pessoas com diabetes podem desenvolver uma forma especialmente grave de otite externa chamada otite externa maligna. Esses pacientes devem procurar ajuda médica o mais rápido possível.

Manutenção regular

Exames médicos: a maioria das pessoas só examina os ouvidos quando há algum incômodo. Pode não haver nada de errado com essa atitude. Não existem regras rígidas e permanentes sobre quando fazer um exame de audição, mas há alguns pontos a se levar em consideração.
Se você trabalha em um ambiente barulhento, examine os ouvidos pelo menos uma vez por ano. As crianças também devem fazer exames regularmente, principalmente as pequenas, que podem não ser capazes de verbalizar o desconforto que estão sentindo. Examinar os bebês também é muito importante. Do contrário, os problemas podem ser descobertos apenas quando a criança aprender a falar.

Limpeza: ao contrário do que pensam muitas pessoas, na maioria das vezes, é melhor deixar o cerume no ouvido. Ele está lá por uma boa razão: reter sujeira, bactérias e outras partículas que podem causar ferimentos, irritação ou infecções.

Às vezes, no entanto, o cerume se intensifica. Mesmo assim, em grande parte das vezes, os ouvidos se limpam sozinhos. Quando você come ou fala, os movimentos do maxilar empurram a cera para o ouvido externo, de onde você pode remover com facilidade, usando um pedaço de algodão umedecido.

Somente quando o cerume estiver causando desconforto ou atrapalhando a audição, você deve fazer algo para removê-lo, mas com extremo cuidado. Os cotonetes deveriam vir com uma etiqueta de aviso: NÃO COLOQUE PROFUNDAMENTE NOS OUVIDOS. Eles podem fazer mais mal do que bem, empurrando a cera para dentro do canal auditivo, até mesmo contra o tímpano, podendo interferir na audição. E não é só: eles também podem prejudicar a delicada parede do canal ou perfurar o tímpano. Tanto um quanto o outro podem levar a uma infecção.

Se o cerume estiver realmente incomodando e precisar ser removido, deixe que um médico faça isso para você. Não use gotinhas para amaciar a cera. Se o problema não estiver com o cerume, as gotas podem piorá-lo. Consulte um médico antes de fazer uso dessa substância.

As infecções são o maior problema auricular das crianças. Na próxima seção, ensinaremos você a prevenir e tratar esse problema.


Exercício físico e perda de audição
As pessoas que estão em boa forma se recuperam melhor da perda de audição temporária causada por barulhos muito altos, de acordo com pesquisadores da Universidade Miami em Oxford, Ohio. Parece que o exercício físico, ao produzir uma certa proteína, pode fortalecer as frágeis células ciliadas, que detectam as ondas sonoras. Além disso, os exercícios melhoram a circulação, que também pode fazê-las trabalharem melhor. Portanto, é bem provável que o exercício físico seja bom para os seus ouvidos.

É claro que as crianças não são as únicas a ter infecções auriculares. No entanto, são elas as maiores vítimas. Os adultos são mais suscetíveis a infecções do ouvido externo, conhecida como "otite dos nadadores", porque em geral começa quando a água contendo bactérias ou fungos infiltra-se e fica retida no canal auricular.
Para entender como as infecções do ouvido médio se desenvolvem, é bom saber como funcionam os ouvidos saudáveis. O ouvido externo se conecta a uma cavidade cheia de ar chamada de ouvido médio. O tímpano, uma membrana fina, fica esticado na entrada dessa cavidade e três pequenos ossos que conduzem o som estão suspensos dentro dela. A pressão dentro da cavidade do ouvido médio se iguala à da atmosfera através de um tubo estreito, chamado de tuba auditiva (anteriormente denominada trompa de Eustáquio). A tuba auditiva se abre em uma cavidade atrás do nariz por onde ar e fluidos podem entrar ou sair. A pressão do ar no ouvido médio é equalizada toda vez que engolimos geralmente sem que percebamos. A tuba auditiva também conduz fluidos do ouvido médio.
Quando temos um resfriado ou uma alergia, a tuba auditiva incha e o ar é absorvido pela parede do ouvido médio, criando um vácuo parcial. O tímpano é então puxado para dentro e os fluidos escorrem da parede do ouvido médio. As bactérias ou vírus do nariz e da garganta podem migrar pela tuba auditiva e infectar o fluido quente e parado do ouvido médio, que proporciona um ambiente perfeito para elas viverem e se multiplicarem. Quando isso acontece, uma infecção está a caminho.
As crianças podem ser mais suscetíveis a infecções do ouvido médio por uma série de razões. Nelas, por exemplo, as tubas auditivas são menores e mais retas do que nos adultos, o que pode facilitar a penetração de bactérias e vírus. As crianças também pegam resfriados e dores de garganta com mais freqüência. Além disso, o sistema imunológico não está completamente desenvolvido durante a infância.
Prevenindo infecções auriculares
Mantenha o seu filho à distância - já que as infecções do ouvido médio geralmente começam com um resfriado ou outra infecção respiratória superior, você vai proteger o seu filho das otites mantendo-o afastado de outras crianças que estejam infectadas. Também pode ser benéfico certificar-se de que todas as alergias nasais estejam bem controladas. Se você estiver na fase de escolher uma creche para o seu filho, verifique como eles lidam com crianças que estejam doentes.
Ensine o jeito certo de assoar o nariz - se o seu filho tiver idade suficiente, ensine-o a assoar o nariz com suavidade e não com força excessiva, para não direcionar a infecção para os ouvidos. Ensine-o a não sufocar o espirro fechando as narinas, já que isto também pode aumentar a infecção nos ouvidos.
Não fume - eis outra razão para não fumar: as crianças que vivem com fumantes parecem mais suscetíveis a infecções do ouvido médio do que aquelas que moram em casas onde não se fuma. A fumaça do cigarro irrita a parede do canal nasal e da cavidade do ouvido médio, interferindo no funcionamento normal da tuba auditiva. Se você não consegue abandonar o cigarro, pelo menos leve o seu hábito para fora de casa.
Tenha cuidado com mamadeiras - evite dar mamadeira para um bebê que esteja deitado de costas. Quando ele engolir, o líquido pode escorrer para a tuba auditiva e acumular-se, criando um ambiente favorável à reprodução de organismos infecciosos.
Fique atento aos sinais - é essencial levar o seu filho ao médico logo que você suspeitar de uma otite, mas para isso você precisa estar atento aos sintomas que podem indicá-la. Uma criança mais velha pode reclamar de dor, mal estar ou obstrução no ouvido. Uma criança mais nova talvez não seja capaz de descrever a dor, por isso você precisa estar atento a outros sinais que possam indicar uma infecção auricular iminente, tais como puxar ou esfregar a orelha, fluido escorrendo do ouvido, choro insistente, enfim, qualquer problema com a audição ou o equilíbrio. Sinais de que uma infecção se instalou incluem febre, choro, náusea, vômito e irritação na orelha.
Tratando uma infecção auricular
Se você suspeitar que o seu filho está com uma infecção de ouvido, leve-o ao médico. Quando uma infecção do ouvido médio é tratada prontamente, não se torna grave. Se não for tratada logo, seu filho pode sofrer uma perda auditiva e, em conseqüência, um atraso na aprendizagem e no desenvolvimento da fala. Depois de visitar o médico, no entanto, há algumas outras coisas que você pode fazer para ajudar o seu pequeno a se sentir mais confortável.
Siga estritamente as instruções do médico - o seu trabalho não termina com a visita ao médico. Você vai precisar garantir que o seu filho receba toda a medicação prescrita. Certifique-se também de que você entendeu e está seguindo as orientações para administrar os remédios. Ligue para o médico ou para o farmacêutico se tiver quaisquer dúvidas. Se um antibiótico foi receitado, é muito importante que o seu filho tome a medicação durante todo o tempo determinado.

Mantenha o queixo do seu filho levantado - se o seu filho estiver deitado, apóie a cabeça dele sobre travesseiros. Elevar a cabeça vai ajudar as tubas auditivas a continuarem refluindo na parte de trás da garganta.
Tente um calor moderado - aplicar uma bolsa térmica morna (não quente) no ouvido afetado pode fazer o seu filho se sentir mais confortável.
Paracetamol - tente dar paracetamol para o seu filho a fim de ajudar a aliviar a dor e a febre. Não dê aspirina. Seu uso em crianças com doenças virais foi associado à Sindrome de Reye, doença geralmente fatal que deteriora de maneira perentina e grave as funções do fígado e do cérebro.
Abordamos a maioria dos problemas com os ouvidos que vocêr irá encontrar, mas há problemas mais graves, como a surdez e o zumbido. Vá para a próxima página para uma investigação de outras doenças dos ouvidos.

Doenças dos ouvidos

Se você fica exposto a altos níveis de decibéis por períodos de tempo prolongados, pode desenvolver uma doença auricular grave. Aqui você encontra um guia rápido.

Surdez e perda de audição

Há duas categorias de perda auditiva: condutora, que envolve anomalias na transmissão do som nos ouvidos médio e externo e neurossensorial, envolvendo o ouvido interno. Geralmente a perda condutora pode ser corrigida. Já a neurossensorial é muito mais difícil de tratar.

A perda auditiva condutora pode acontecer, por exemplo, quando o cerume impede os sons de chegarem ao ouvido interno, onde são transformados em impulsos nervosos elétricos transmitidos para o cérebro. Ferimentos no tímpano e infecções do ouvido médio também podem causar perda de audição condutora.

Na perda neurossensorial há falha do nervo auditivo. Portanto, mesmo que as vibrações sonoras atinjam o ouvido interno, elas não são enviadas como impulsos para o cérebro. Esse tipo de perda auditiva resulta em danos no nervo auditivo. Eles podem ser causados por envelhecimento, infecções virais, barulhos muito altos, efeitos colaterais de medicamentos, etc.

A surdez, isto é, a total ausência de audição, pode resultar tanto na perda condutora como da neurossensorial ou ainda de um misto de ambas. Sempre que suspeitar de perda auditiva, você precisa consultar um médico especialista em ouvido (otorrinolaringologista) capaz de identificar a causa ou as causas de sua origem.

A melhor maneira de lidar com a perda da audição é fazer tudo que puder para evitá-la. Se você já tem este problema, uma prótese auditiva pode ajudar.

Os aparelhos auditivos de hoje em dia têm tecnologia avançada. São muito mais suaves, menores e eficientes do que os aparelhos de antigamente. Há três tipos principais: os que ficam atrás da orelha, os que ficam na orelha e os que ficam dentro do canal. Cada um deles tem vantagens e desvantagens. O modelo que fica dentro do canal é o menor e, portanto, o menos visível. Entretanto, devido ao seu tamanho limitado ele não pode ter tantos conjuntos de circuitos e não é tão versátil em suas funções. Ele amplia todos os sons igualmente, em vez de poder ser programado para ampliar os sons seletivamente.

A eficiência dos aparelhos auditivos se resume a uns poucos fatores-chave. Primeiro, o médico deve prescrever o tipo de prótese certa para a pessoa. O usuário também precisa utilizá-lo adequadamente e comunicar suas necessidades claramente ao médico. Também é importante que a pessoa tenha expectativas realistas sobre o que um aparelho auditivo pode fazer.

Dor de ouvido

Quando você tem uma dor no ouvido, ela distrai todos os pensamentos e absorve toda sua atenção. Tudo o que você quer é que ela acabe.

As dores de ouvido podem ser causadas por uma obstrução da tuba auditiva, o pequeno canal que conecta a parte posterior interna do nariz com o ouvido médio. O ar no ouvido médio está constantemente sendo absorvido por sua parede membranosa, mas ele jamais é esvaziado enquanto a tuba auditiva permanecer aberta e capaz de se reabastecer, durante o ato de engolir. Dessa forma, a pressão do ar em ambos os lados do tímpano permanece quase igual. Porém, quando a tuba auditiva está obstruída, a pressão no ouvido médio não pode ser equalizada. O ar que já está ali é absorvido e, sem um novo fornecimento, acontece um vácuo no ouvido médio, sugando o tímpano para dentro e tensionando-o de modo doloroso

Este tipo de dor de ouvido é particularmente comum em pessoas que viajam de avião, principalmente quando elas estão resfriadas ou com o nariz entupido. Durante a decolagem e o pouso, a pressão do ar no ouvido médio não equaliza da mesma forma que equalizaria se a tuba auditiva estivesse desobstruída.

Outra causa de dor de ouvido são as infecções. As infecções do ouvido médio são extremamente comuns em crianças. Esse tipo de infecção se desenvolve quando bactérias ou vírus, geralmente de resfriados ou inflamações de garganta, sobem pela tuba auditiva. Como resultado, o tímpano pode ficar inchado e inflamado.

Uma otite não tratada pode levar à perda permanente da audição e à dor de ouvido, às vezes, pode ser reflexo de um problema em outra parte do corpo, sendo importante consultar um médico nestes casos.

Labirintite

Uma tontura grave ou vertigem pode trazer a sensação de que algo está terrivelmente errado. Se isso acontece com você, procure um médico imediatamente. É possível que a origem do seu problema seja a labirintite, uma infecção do labirinto, que é o sistema de cavidades cheias de líquido do ouvido interno. O labirinto controla o equilíbrio. Embora a vertigem possa tornar extremamente difícil para você continuar com as suas atividades, a infecção em si não é perigosa. Em geral, o repouso é o principal tratamento. O médico pode receitar remédios para combater a tontura, assim como a náusea e o vômito que também podem acontecer. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem entre uma e três semanas. Episódios recorrentes de vertigem devem ser investigados por um médico, já que podem representar alguma outra doença não manifesta.

Zumbido
 Todo mundo fica com um pouco de zumbido nos ouvidos de vez em quando, mas quando acontece continuamente isso pode incomodar você. O nome médico para esta sensação de zumbido é acúfeno. É o resultado de um dano das células ciliadas do ouvido interno. Essas células captam as vibrações sonoras e enviam impulsos elétricos pelo nervo auditivo para o cérebro. No zumbido, as células estão "ligadas" o tempo o todo, fazendo o cérebro pensar que as vibrações sonoras estão entrando no ouvido sem cessar.

Entre as causas possíveis do zumbido estão trauma acústico, cerume, infecção, efeitos colaterais de certos medicamentos (mais de 200 podem ocasionar zumbido),  tímpano perfurado, acúmulo de líquidos, pressão arterial alta, tumor, diabetes e envelhecimento.

Para interromper o zumbido, tente o seguinte:
  • Interrompa o barulho muito alto ou use um protetor auricular.
  • Mantenha baixa a sua pressão arterial.
  • Diminua o sal. 
  • Limite a aspirina. Seu consumo crônico ou mesmo o uso freqüente durante um ou dois dias pode causar zumbido. Fale com o seu médico antes de interromper qualquer medicamento que você acha que pode estar causando o zumbido.
  • Evite cafeína, tabaco e substâncias que criam dependência, pois elas também podem desencadear o zumbido.
  • Malhe. Se a causa do zumbido for má circulação, fazer exercícios físicos ajudará.
  • Certifique-se de descansar o suficiente.
É importante cuidar dos ouvidos para prevenir que problemas graves aconteçam. Felizmente, agora você pode distinguir o zumbido que acontece depois de um espetáculo musical e os sintomas de um problema grave.



Quando procurar um médico por causa de zumbido
O zumbido nos ouvidos pode estar relacionado a uma doença mais grave, como:
  • níveis muito altos de triglicerídios no sangue;
  • derrame ou episódio isquêmico transitório (se acompanhado de desarticulação da fala, paralisia da face ou das extremidades, alterações na visão);
  • síndrome de Menière, uma doença do ouvido interno (se acompanhada de tontura grave e perda auditiva flutuante);
  • neuroma acústico, um tumor do nervo auditivo.
Portanto, se o zumbido nos ouvidos não parece ter uma causa óbvia e dura mais do que um dia, marque uma consulta com o médico.
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

CERA NO OUVIDO

CERA NO OUVIDO


O que é?
A cera ou cerume do ouvido é produzido por glândulas especiais existentes no terço mais externo do canal auditivo. Produzida e expelida em condições normais, a cera constitui um elemento de proteção do ouvido. Recobrindo a fina e frágil pele do canal, a cera atua como repelente da água que pode, muitas vezes, conter microorganismos e/ou detritos nocivos; outra função de proteção é através da retenção de poeira e partículas de areia, impedindo que esses elementos provoquem danos ao tímpano (membrana timpânica). Pouca produção ou ausência de cera resulta, em geral, em uma pele seca com aparecimento de coceira e descamação. 





O ouvido é divido em três partes: externo, médio e interno. O ouvido externo é formado pelo pavilhão auricular e canal auditivo. Na extremidade do canal está a membrana timpânica. 

Devemos limpar os ouvidos?
A cera não é formada na parte profunda do canal do ouvido, próxima ao tímpano, mas somente na parte mais externa. Quando um paciente está com cera em cima da membrana timpânica, quase sempre é porque ela foi empurrada com cotonetes, grampos ou palitos, para o fundo do canal, na tentativa de "limpar" o ouvido. Além do mais, a pele do canal e do tímpano é muito fina e frágil e, conseqüentemente, fácil de ser lesada.
Normalmente, existe um pequeno acúmulo de cera no canal do ouvido que seca e se desprende com o pó e areia nela retidos. Portanto, o ouvido, na maioria das vezes, passa por um processo de autolimpeza. Pode haver também migração (deslocamento) e acúmulo para a parte mais externa do canal; neste caso deve ser feita a remoção da cera, mas somente na entrada do canal.
Em certas circunstâncias pode haver um acúmulo anormal de cera, formando um verdadeiro tampão, ocasionando surdez. Isto ocorre especialmente em condutos auditivos mais estreitos e tortuosos ou nas alterações da pele de revestimento. Quando a cera acumula em excesso ela deve ser removida por um médico, através de lavagens, aspirações ou com instrumentos especiais. Às vezes torna-se necessário usar, previamente, gotas especiais, para amolecer, soltar a cera antes das manobras de remoção. Remoções com lavagens não devem ser feitas se houver perfuração no tímpano; a entrada de água de lavagem através de uma perfuração timpânica irá provocar uma infecção, a otite média. O médico irá se certificar das condições da cera, do canal e da membrana timpânica antes de decidir pelo método de remoção. 

Perguntas que você pode fazer ao seu médico
 
Por que temos cera nos ouvidos?
Devemos retirar a cera dos ouvidos?
Posso usar o cotonete para limpar os ouvidos?
Como devo limpar meus ouvidos?

 
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sábado, 16 de julho de 2011

CAMPANHA NACIONAL DA SAÚDE AUDITIVA

 Tabela de decibéis

Fonte sonora
Intensidade sonora em decibéis
(nível de pressão sonora)
Turbina do avião a jato
140
Arma de fogo
130-140
Serra elétrica
110
Cortador de grama
107
Shows de Rock, com distância de 1 a 2 metros da caixa de som
105-120
Furadeira pneumática
100-105
Piano tocando forte
92-95
Walkman no volume 5
95
Pátio do Aeroporto Internacional
do Rio de Janeiro
(medição fornecida pela Infraero)
80-85
(dosimetria - 8h)
Avenida movimentada
85
Tráfego pesado
80
Automóvel
(passando a 20 metros)
70
Conversação a 1 metro
60
Sala silenciosa
50
Área residencial à noite
40
Falar sussurrando
20
Tempo de exposição
máxima por dia, em horas
Nivel sonoro em decibéis
8
85
6
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Projeto de lei para controle de MP3 tem apoio da Sociedade Brasileira de Otologia Sintonia Comunicação (com Agência Câmara)
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei nº 4524/08, de autoria do deputado federal Jefferson Campos (PTB-SP), que proíbe a comercialização de tocadores pessoais de música em formato digital, os famosos mp3 players, cujo volume máximo ultrapasse o limite de 90 decibéis. A proposta inclui não só ipods e similares, mas também aparelhos de múltiplas funções, como celulares. Além disso, o projeto obriga a inscrição de alerta para os riscos do uso prolongado em alto volume (superior a 85 decibéis) em todos esses aparelhos. O projeto chega três meses depois da Sociedade Brasileira de Otologia alertar o Brasil durante o mês de novembro do ano passado sobre os perigos do som alto dos mp3 players por meio da Campanha Nacional da Saúde Auditiva.
A Campanha utilizou folders, cartazes, site e ampla divulgação na mídia para informar que o som alto de aparelhos de música pode causar perda auditiva. O slogan da Campanha, “Abaixe o volume ou diminua para sempre a sua audição”, foi muito bem recebido por escolas, hospitais e universidades.
O parlamentar, na apresentação do projeto, salientou a importância da Campanha Nacional de Saúde Auditiva, realizada anualmente pela Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) desde 2004. "Mesmo com ampla divulgação, as medidas educativas infelizmente costumam ser insuficientes", observa o deputado. Alguns países já adotam medidas legais para limitar o volume dos mp3. "A França, onde já vigora lei específica, a Bélgica, onde há um projeto em análise, são alguns dos países que têm essa consciência", comenta Campos.
Projeto é o terceiro com base na Campanha
Esta não é a primeira vez que a iniciativa da Sociedade Brasileira de Otologia inspira o congresso nacional em projetos de lei. Em 2007, a necessidade do teste da orelhinha em recém nascidos, para detecção de perda auditiva, tornou o exame obrigatório em oito estados. Após alguns meses, o teste passou a ser lei federal. Em 2008, um projeto de lei de autoria do deputado Iran Barbosa (PT-SE) propôs reduzir do imposto de renda das pessoas físicas os gastos com aparelhos auditivos. A proposta segue em trâmite no Congresso.

 http://www.saudeauditiva.org.br/novo_site/
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Tipos de problemas auditivos

Pelo menos uma em cada mil crianças nasce profundamente surda. Muitas pessoas desenvolvem problemas auditivos ao longo da vida, por causa de acidentes ou doenças.
Existem dois tipos principais de problemas auditivos. O primeiro afeta o ouvido externo ou médio e provoca dificuldades auditivas "condutivas" (também denominadas de "transmissão"), normalmente tratáveis e curáveis. O outro tipo envolve o ouvido interno ou o nervo auditivo. Chama-se surdez neurossensorial.
A deficiência auditiva pode ser classificada como deficiência de transmissão, quando o problema se localiza no ouvido externo ou médio (nesse caso, o prognóstico costuma ser excelente); mista, quando o problema se localiza no ouvido médio e interno, e sensorioneural (neurossensorial), quando se origina no ouvido interno e no nervo auditivo.
Infelizmente, esse tipo de surdez em geral é irreversível. A surdez condutiva faz perder o volume sonoro: é como tentar entender alguém que fala muito baixo ou está muito longe.
A surdez neurossensorial corta o volume sonoro e também distorce os sons. Essa interpretação descoordenada de sons é um sintoma típico de doenças do ouvido interno.
Ouvidos obstruídos
Uma das causas mais simples da perda de audição é a obstrução do canal auditivo. Esse bloqueio impede que as ondas sonoras cheguem até o tímpano. Constantemente sai cera naturaldo ouvido, ajudando a remoção de sujeira. Mas quando a cera endurece, ela fica no canal e entope o ouvido. Pequenos objetos enfiados no ouvido também obstruem o som. Comoo canal auditivo é revestido de pele, ele pode ser obstruído por descamações de pele, tumores ou infecções.
Cola no ouvido
O líquido produzido no ouvido médio geralmente é drenado através de um conduto queleva à garganta, chamado trompa de Eustáquio. Quando ele fica obstruído por uma infecção ou por adenóides inflamadas, o líquido contaminado se acumula no ouvido médio, tornando-se espesso e aderente, daí o nome de cola no ouvido, A “cola” dificulta a vibração adequada do tímpano e dos ossos no ouvido médio.
A trompa de Eustáquio deixa passar o ar de fora para o ouvio médio, mantendo a pressão atmosférica equilibrada nos dois lados do tímpano. A obstrução da trompade Eustáquio altera a pressão no interior do ouvido, podendo danificar o tímpano.
Tímpano danificado
Repetidas infecções graves no ouvido médio enfraquecem o tímpano, provocando até perfurações, que impedem a sua vibração normal e levam à perda de audição. Em geral, essas perfurações no tímpano saram naturalmente, mas, se a infecção for grave e perdurar pormuito tempo, os orifícios podem não se fechar. A denominação médica para essa condição é otitemédia crônica, e exige tratamento apropriado. Objetos introduzidos no ouvido, fortes pancadas ou sons muito altos, como explosões, podem causar perfurações no tímpano.
Doença dos ossos do ouvido
Uma doença óssea comumente chamada otosclerose causa sérios problemas de audição. É um processo hereditário, isto é, freqüentemente se manifesta nas pessoas que têm familiares com otosclerose. O ossículo estribo começa apresentando um desenvolvimento anormal, que aos poucos o fixa à janela oval, impedindo-o de mover-se livremente. Por isso, ele deixa de conduzir as vibrações ao ouvido interno, levando à perda de audição. É possível curar essa doença por meio de cirurgia.
A otosclerose surge geralmente entre os 18 e os 30 anos e tende a piorar com a idade. É mais comum entre as mulheres.
Neurossensorial
A surdez neurossensorial pode se manifestar em qualquer idade, desde o pré-natal até a idade avançada. A cóclea é um órgão muito sensível e vulnerável aos fatores genéticos, às doenças infantis, aos sons muito altos e a alguns medicamentos. Muitos idosos também sofrem de surdez neurossensorial.
Um parto difícil ou prematuro, sobretudo quando o bebê não recebe oxigênio suficiente, às vezes causa surdez neurossensorial. Ao nascer, a criança está sujeita à icterícia, prejudicial ao nervo auditivo, podendo levar à perda de audição. A icterícia é mais comum em bebês prematuros. Muitos problemas que surgem no parto estão se tornando menos freqüentes à medida que se aprimoram as técnicas de assistência a bebês de "alto risco".








Células ciliadas em perfeito estado                                           Células ciliadas danificadas
Audição Normal                                                                        Audição prejudicada
Problemas auditivos
Tinido
O zumbido, ou barulho nos ouvidos - denominado tinido - , afeta muitas pessoas, embora a causa desses ruídos não esteja esclarecida.
É difícil a pessoa saber de onde vêm os ruídos no sistema auditivo. Alguns acham que eles são quase insuportáveis, e é mais comum atacarem pessoas idosas.
Sons muitos altos, doenças ou infecções do ouvido são as causas do tinido, havendo quem afirme que alguns remédios vasodilatadores e mesmo alguns tipos de alimentos tornam os zunidos mais intensos.
Mesmo sem problemas de audição, uma pessoa pode perceber o zumbido e achá-lo bastante desconfortável
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SINAIS E SINTOMAS DA DESORDEM DO PROCESSAMENTO AUDITIVO


SINAIS E SINTOMAS DA DESORDEM DO PROCESSAMENTO AUDITIVO
Giselle Kubrusly Sypczuk
Fonoaudióloga
RESUMO
Existem indivíduos que possuem a queixa de não ouvir bem mas possuindo a audição normal. Isto pode ocorrer devido a dificuldades no processamento auditivo da informação , Há muitos sinais e sintomas da Desordem do Processamento Auditivo que muitas vezes se assemelham a outras desordens. O objetivo desse artigo é elucidar basicamente as questões que concernem à área.
Palavras-chave: processamento auditivo, habilidades auditivas, problemas de aprendizagem.
A AUDIÇÃO
A audição é um dos cinco sentidos humanos. É a capacidade de reconhecer o som emitido pelo ambiente. O órgão responsável pela audição é o ouvido, capaz de captar sons até uma determinada distância A habilidade de ouvir possui dois sistemas, o periférico e o central.
Na avaliação da audição vários testes podem fazer parte do protocolo audiológico, dentre eles estão:
  • Audiometria: Exame que mede o nível de audição por intensidade e freqüência, ou seja, é o teste que quantifica a audição do indivíduo, podendo ou não acusar a presença de perda auditiva em diferentes graus e tipos.
  • Imitânciometria: É o exame que verifica as condições da orelha média, (sistema tímpano-ossicular), e da via do reflexo do estapédico.
  • Emissões Otoacústicas: Avalia a resposta das células ciliadas externas localizadas na cóclea. São sons de baixíssima intensidade que resultam do mecanismo ativo de recepção do som pela cóclea no qual as células ciliadas externas desempenham o papel principal.
  • Potenciais Auditivos Evocados: São potenciais elétricos que surgem através de um estímulo acústico (geralmente click fornecido através de fones) e que refletem a atividade do sistema auditivo. Estes potencias podem ser de curta, média ou longa latência dependendo do tempo que a onda leva para ser captada. Quanto mais distante o sítio gerador, maior é o tempo de latência da onda que representa o potencial. Os mais utilizados são o de curta latência (Bera ou Paete) e de longa latência (P300).
  • Avaliação do Processamento auditivo: Permite verificar o desempenho das habilidades auditivas através de avaliação comportamental.
CONHECENDO O PROCESSAMENTO AUDITIVO
Definição
Segundo o relatório técnico da ASHA 2005, processamento auditivo (PA) refere-se à eficiência e eficácia que o sistema auditivo nervoso central utiliza a informação auditiva, inclui os mecanismos auditivos que seguem as seguintes habilidades:
  • localização e lateralizacão;
  • discriminação auditiva;
  • reconhecimento do padrão auditivo;
  • aspectos temporais da audição, incluindo:
o        
§        
§        
§       
            • integração temporal
            • discriminação temporal (intervalo de detecção temporal)
            • ordenação temporal
            • marcaramento temporal
  • performance auditiva com sinais competitivos (incluindo a escuta dicótica);
  • performance auditiva com sinais acústicos degradados.
Pode-se dizer que processamento auditivo é “aquilo que fazemos com o que ouvimos”.
Os processos neurocognitivos estão envolvidos. A memória, atenção e linguagem são integrantes no processo de análise na entrada da informação pelo canal auditivo.
A dificuldade em um ou mais níveis das habilidades auditivas é possível de ser classificada como uma dificuldade ou desordem do processamento auditivo (DPA)
A DPA pode estar ligada ou associada com as dificuldades em linguagem, aprendizado, e funções de comunicação, embora a DPA possa coexistir com outras desordens (por exemplo, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade [TDAH] e dificuldades de leitura), mas não pode ser colocada como o fator resultante destas.
As causas que levam a uma DPA podem ser variadas, não podendo ser especificadas, (na maioria), podem compreender desde ordem genética até de desenvolvimento, dentre outras possíveis.
Alguns sinais e os sintomas
Os sintomas de DPA podem variar e ter diferentes formas de manifestação. Confira se você ou alguém que conheça apresenta alguns desses Sinais e Sintomas:
  • Parece não ouvir bem?
  • É muito distraída ou desatenta?
  • Demora em escutar e/ ou entender quando chamada sua atenção?
  • Fala muito “Hã?”, “O que?”, ou “Não entendi!”?
  • Possui dificuldade para lembrar o que foi dito ou parece ter problemas de memória?
  • Tem fala diferente de outras crianças da mesma idade?
  • Tem dificuldades para ler ou escrever ou outras dificuldades escolares?
  • Tem dificuldade para entender o que está sendo falado quando em ambientes ruidosos ou em grupos?
  • Não consegue acompanhar uma conversa com muitas pessoas falando ao mesmo tempo?
  • Há cansaço ou atenção curta para sons em geral?
  • Deixa o volume da televisão muito alto?
  • Apresenta dificuldade de localizar o som?
  • Apresenta dificuldades em seguir orientações?
  • Tem dificuldade em contar um fato ou história?
  • Tem dificuldades para transmitir um recado?
  • Possui dificuldade em seguir uma seqüência de tarefas que lhe foi falada?
  • Tem dificuldades em entender piadas ou duplo sentido?
  • Os problemas de matemática são difíceis de interpretar?
  • A informação abstrata é difícil de compreender?
Estes, assim como outros comportamentos, podem ser sinais de uma dificuldade no processamento auditivo da informação. Cabe retomar que muitos dos comportamentos notados acima podem também aparecer em outras condições tais como dificuldades de aprendizagem, Transtorno do déficit de atenção e Hiperatividade (TDAH), níveis de depressão, dentre outros.
O diagnóstico e avaliação
Através de uma equipe multidisciplinar o indivíduo será avaliado e conduzido a um diagnóstico e /ou a uma conduta médica e planejamento terapêutico.
A abordagem da multidisciplinar permite coletar informações no nível educacional, social, de fala/ linguagem, cognitivo e fisiológico.
Essa equipe é composta, em geral, por neurologistas, psiquiatras, otorrinolaringologistas, audiologistas, fonoterapeutas, psicólogos, pedagogos e profissionais da educação.
A avaliação específica do processamento auditivo é realizada por um fonoaudiólogo da área audiológica.
A testagem é realizada em cabine acústica, onde o indivíduo é colocado com fones auriculares através dos quais são aplicados testes gravados em CD e padronizados por faixa etária.
Para realização da avaliação do PA é necessário apresentar a audiometria realizada no mínimo em um prazo igual ou inferior a três meses, a criança apresentar idade mínima de 06 anos, nível de linguagem expressivo e receptivo, atenção e cognição suficientes para que possa compreender as tarefas, não apresentar perda auditiva assimétrica, a média tonal ser até 40dBNA, índice padrão de reconhecimento de fala de no mínimo 70% e índice entre as orelhas não ultrapassar 20%.
Na avaliação são realizados testes de escuta diótica onde estímulos iguais são apresentados simultaneamente para ambas as orelhas, de escuta monótica onde estímulos diferentes são apresentados simultaneamente na mesma orelha, ipsilateralmente; e escuta dicótica onde estímulos diferentes são apresentados simultaneamente para ambas as orelhas.
Entre os testes realizados estão:
  • Localização Sonora; Teste que permite verificar a localização (percepção da origem da fonte sonora) em cinco direções (direita, esquerda, atrás, acima e à frente).
  • Fala Filtrada: Este teste permite verificar a habilidade de fechamento auditivo (percepção da mensagem quando parte dela é omitida)
  • PSI em português: Os estímulos verbais utilizados na aplicação do PSI são 10 frases ou palavras que devem ser identificadas através da indicação das figuras que representam à situação da sentença ou palavra. A mensagem competitiva é uma história infantil ou ruído white noise.
  • SSI: Este teste é realizado com leitura e identificação não verbal da frase. Permite verificar a habilidade de fechamento auditivo e figura fundo associado à identificação visual. São testadas duas condições MCI (duas estimulações distintas na mesma orelha) e MCC (duas estimulações distintas uma em cada orelha)
  • PPS E DPS: Estes testes permitem verificar as habilidades de resolução temporal, para identificação de freqüência e duração sonora. São testadas duas condições a de imitação (hemisfério direito) e nomeação (hemisfério esquerdo).
  • Dicótico de dígitos e SSW: Estes testes permitem investigação da condição dicótica da informação. Habilidade de figura-fundo (identificação de um som na coexistência de outro, competitivo), Memória seqüencial (habilidade em estocar e recuperar estímulos na ordem em que foram apresentados). São constituídos por pares de dígitos e palavras, sendo que estes representam dissílabos na língua portuguesa. Avaliam a habilidade para agrupar componentes do sinal acústico em figura-fundo e identificá-los, e a comunicação inter-hemisférica no corpo caloso.
O RESULTADO

Após a testagem é emitido um relatório que constam os resultados obtidos; as habilidades preservadas e as com desempenho abaixo do esperado para idade, o impacto efetivo das mesmas na vida do indivíduo nos níveis social, acadêmico e familiar, possível local da disfunção no sistema nervoso auditivo central, o direcionamento da reabilitação (no caso de indicação terapêutica) sugerindo um programa e as orientações pertinentes ao caso.

O processo de avaliação e de reabilitação deve envolver a equipe multidisciplinar na visão de que esse sujeito possui suas necessidades, possibilidades e sucessos.
CONCLUSÃO
A área de processamento auditivo é alvo de muitas pesquisas, debates e o interesse na mesma aumentou consideravelmente nos últimos anos. A bateria de avaliação deve no mínimo envolver todas as habilidades e considerações multidisciplinares. Para tal exige consenso entre as áreas buscando minimizar o impacto das dificuldades processuais e maximizar o desempenho das habilidades presentes.

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