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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O uso de fone de ouvido

Você sabia que o uso diário de fone de ouvido prejudica a audição?


 O uso de fones de ouvido tem se tornado algo freqüente. É comum hoje em dia ver pessoas de diversas faixas etárias nas ruas, no ônibus e até em casa, fazendo uso dos fones de ouvido. Estudos relacionados à saúde auditiva alertam para o risco do uso de volumes inadequados para escutar música com fones de ouvido.  
Não que seja errado utilizar fones de ouvido, mas é importante adequar o volume. Por exemplo, quando estamos dentro do ônibus automaticamente aumentamos o volume do fone, isso ocorre devido ao barulho do ambiente que nos impede de ouvir a música em volume adequado, sendo assim, sempre que for preciso competir o volume do aparelho com o som ambiente é melhor evitar utilizar os fones, pois a longo prazo pode trazer efeitos irreversíveis para a audição.
Outro fator a ser evitado é a utilização do fone em apenas uma orelha, que nos obriga a aumentar o som.  A utilização em volume excessivo mais que uma hora/dia, por semana, aumenta o risco de deficiência auditiva permanente e zumbidos após aproximadamente cinco anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 10% da população mundial tem algum tipo de perda auditiva, sendo que a perda auditiva relacionada à exposição a música amplificada.
Uma recomendação importante: o ideal é colocar o volume na metade da potência em que o aparelho é capaz de produzir. E se as pessoas que estão a sua volta estão escutando o som do seu fone, é sinal que o som continua alto, fique atento!

Estudo afirma que o uso diário de fone de ouvido prejudica a audição.


“Porque os fones de ouvido prejudicam tanto a audição?”

Imagine as células auditivas como um “Capim”, o canal auditivo como um túnel e o som como um vento.
O som normal não prejudica tanto a audição porque ele não é mandado diretamente para o ouvido.
Mas no caso dos fones Auriculares (aqueles que você coloca dentro da orelha) o som fica concentrado dentro do canal auditivo, (imagine um vento muito forte quebrando o capim) e mata as células.
E assim como os neurônios, as células auditivas não se regeneram.

PERDA GRADATIVA DA AUDIÇÃO
 
O otorrinolaringologista João Flávio Nogueira, explicou como os sons altos e constantes prejudicam a audição. “O ouvido médio é composto pelo tímpano e por uma cadeia de três ossos pequenos (ossículos), que ligam-se ao ouvido interno, que está cheio de um líquido chamado labirinto e é formado pela cóclea. Quando recebe som, esse líquido mexe e estimula as células ciliadas, que gera impulsos elétricos ao cérebro, o que faz com que a audição ocorra”, disse.

                         http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/biologia/coclea.jpg
A degeneração dessas células é a grande razão para a perda da audição, tendo em vista que com o passar do tempo, a intensidade e freqüência com que elas sofrem impulso do labirinto, comprometem seu funcionamento. “Um som acima de 100 dB (decibés) já contribui para a morte dessas células. Esses aparelhos eletrônicos que proporcionam esse volume em um fone de ouvido podem parecer inocentes, mas causam um trauma acústico seríssimo”, pondera. Para o especialista, há alguns anos a preocupação era menor, porque os aparelhos não tinham uma bateria tão longa. “Se o barulho for escutado por um tempo e passar por uma pausa, os problemas diminuem, o risco está na constância”, afirmou.
João Flávio explicou ainda que em alguns países existem leis que limitam o volume de aparelhos como MP3 e iPods. “O pior é que a maioria das pessoas não nota nenhum problema de audição durante muitos anos, porque só quando os incômodos são muito fortes é que procuram um especialista”, destacou. Outra questão levantada pelo otorrinolaringologista é a falta de acessibilidade e informações sobre prevenções de perda de audição. “Se os atendimentos básicos públicos já são difíceis, imagina especialidades que só mostram sintomas ao longo do tempo”, indagou.
O especialista alerta: “se há algum indício de que a pessoa não escuta direito, se amigos e família reclamam, é necessário que seja feito um exame de Audiometria, para saber se há alguma deficiência, e especificar o tipo e grau do problema”.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ouvidos: Externo, Médio e Interno

O ouvido, o órgão da audição e do equilíbrio, é formado pelo ouvido externo, pelo médio e pelo interno. O ouvido externo capta as ondas sonoras, que o ouvido médio se encarrega de converter em energia mecânica. O ouvido interno converte a energia mecânica em impulsos nervosos, que em seguida são levados até ao cérebro. O ouvido médio ajuda a manter o equilíbrio.
Ouvido externo
O ouvido externo é formado pela parte externa do ouvido (pavilhão da orelha) e pelo canal auditivo (canal auditivo externo). A orelha, formada por uma cartilagem coberta de pele, é rígida mas flexível. Os sons captados pela orelha entram pelo canal auditivo e chegam ao tímpano, uma membrana delgada coberta de pele, que separa o ouvido externo do ouvido médio.
Ouvido médio
O ouvido médio é formado pelo tímpano (membrana do tímpano) e por uma pequena câmara cheia de ar que contém uma cadeia de três pequenos ossos (ossículos) que ligam o tímpano ao ouvido interno. Os nomes dos ossículos correspondem à sua forma: o martelo, que está ligado ao tímpano; a bigorna, que liga o martelo ao estribo, e o estribo, que está ligado à janela oval, localizada na entrada do ouvido interno. As vibrações do tímpano são amplificadas mecanicamente pelos ossículos e transmitidas à janela oval.
Interior do ouvido
O ouvido médio também inclui dois diminutos músculos. O tensor do tímpano, que está ligado ao martelo, mantém o tímpano tenso; o músculo estapediano, que está ligado ao estribo, estabiliza a conexão entre o estribo e a janela oval. Como reacção ao ruído intenso, o músculo estapediano contrai-se, proporcionando maior rigidez aos ossículos para que o som transmitido seja menos forte. Esta reacção, chamada reflexo acústico, ajuda a proteger o delicado ouvido médio do dano que o ruído lhe pode provocar.
A trompa de Eustáquio, um pequeno tubo que liga o ouvido médio com a parte posterior do nariz, permite que o ar do exterior entre no ouvido médio. Este tubo, que se abre quando engolimos, ajuda a manter uma mesma pressão atmosférica em ambos os lados do tímpano, um factor importante para se ouvir com normalidade e não sentir incómodo. É por isso que o acto de engolir pode aliviar a pressão que uma repentina queda da pressão atmosférica provoca sobre o tímpano, como costuma acontecer quando se viaja de avião. A conexão da trompa de Eustáquio com o ouvido médio explica porque é que as infecções respiratórias superiores (como uma constipação comum), que inflamam e entopem a trompa de Eustáquio, podem provocar infecções no ouvido médio ou aumentar a pressão na referida parte do ouvido, o que provoca dor.
Ouvido interno
O ouvido interno (labirinto) é uma complexa estrutura que consta de duas partes: o caracol (ou cóclea), o órgão da audição, e os canais semicirculares, o órgão do equilíbrio.
O caracol, um tubo oco em espiral com forma de caracol, contém um líquido espesso e o órgão de Corti, formado por milhares de células minúsculas (células ciliadas) com pequenos prolongamentos semelhantes a pêlos, que se estendem até ao líquido. As vibrações sonoras, transmitidas dos ossículos do ouvido médio à janela oval do ouvido interno, fazem vibrar o fluido e as projecções (filamentos semelhantes às pestanas). As diferentes células ciliadas reagem a diferentes frequências do som e convertem-nas em impulsos nervosos. Os impulsos nervosos são transmitidos através das fibras do nervo auditivo, que as transportam até ao cérebro.
Apesar do efeito protector do reflexo acústico, o ruído intenso pode danificar as células ciliadas. Quando uma destas células é destruída, aparentemente não volta a crescer. A exposição contínua a ruídos intensos provoca um dano progressivo e uma perda da audição.
Os canais semicirculares, que ajudam a manter o equilíbrio, são três tubos cheios de líquido colocados em ângulo recto entre si. Qualquer movimento da cabeça faz com que o fluido dos canais se mova. Conforme a direcção em que a cabeça se move, assim o movimento do fluido pode ser maior num dos canais do que nos outros. Os canais contêm células ciliadas que reagem ao movimento do líquido. As células ciliadas iniciam os impulsos nervosos que indicam ao cérebro em que direcção se está a mover a cabeça e, como consequência, realiza-se a acção apropriada para manter o equilíbrio.
Se os canais semicirculares se inflamarem, como sucede numa infecção do ouvido médio ou na gripe, a pessoa pode perder a noção do equilíbrio e ter vertigens (sensação de girar).