Você sabia que o uso diário de fone de ouvido prejudica a audição?
O uso de fones de ouvido tem se tornado algo freqüente. É comum hoje em dia ver pessoas de diversas faixas etárias nas ruas, no ônibus e até em casa, fazendo uso dos fones de ouvido. Estudos relacionados à saúde auditiva alertam para o risco do uso de volumes inadequados para escutar música com fones de ouvido.
Não que seja errado utilizar fones de ouvido, mas é importante adequar o volume. Por exemplo, quando estamos dentro do ônibus automaticamente aumentamos o volume do fone, isso ocorre devido ao barulho do ambiente que nos impede de ouvir a música em volume adequado, sendo assim, sempre que for preciso competir o volume do aparelho com o som ambiente é melhor evitar utilizar os fones, pois a longo prazo pode trazer efeitos irreversíveis para a audição.
Outro fator a ser evitado é a utilização do fone em apenas uma orelha, que nos obriga a aumentar o som. A utilização em volume excessivo mais que uma hora/dia, por semana, aumenta o risco de deficiência auditiva permanente e zumbidos após aproximadamente cinco anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 10% da população mundial tem algum tipo de perda auditiva, sendo que a perda auditiva relacionada à exposição a música amplificada.
Uma recomendação importante: o ideal é colocar o volume na metade da potência em que o aparelho é capaz de produzir. E se as pessoas que estão a sua volta estão escutando o som do seu fone, é sinal que o som continua alto, fique atento!
Estudo afirma que o uso diário de fone de ouvido prejudica a audição.
“Porque os fones de ouvido prejudicam tanto a audição?”
Imagine as células auditivas como um “Capim”, o canal auditivo como um túnel e o som como um vento.
O som normal não prejudica tanto a audição porque ele não é mandado diretamente para o ouvido.
Mas no caso dos fones Auriculares (aqueles que você coloca dentro da orelha) o som fica concentrado dentro do canal auditivo, (imagine um vento muito forte quebrando o capim) e mata as células.
E assim como os neurônios, as células auditivas não se regeneram.
PERDA GRADATIVA DA AUDIÇÃO
O otorrinolaringologista João Flávio Nogueira, explicou como os sons altos e constantes prejudicam a audição. “O ouvido médio é composto pelo tímpano e por uma cadeia de três ossos pequenos (ossículos), que ligam-se ao ouvido interno, que está cheio de um líquido chamado labirinto e é formado pela cóclea. Quando recebe som, esse líquido mexe e estimula as células ciliadas, que gera impulsos elétricos ao cérebro, o que faz com que a audição ocorra”, disse.
O otorrinolaringologista João Flávio Nogueira, explicou como os sons altos e constantes prejudicam a audição. “O ouvido médio é composto pelo tímpano e por uma cadeia de três ossos pequenos (ossículos), que ligam-se ao ouvido interno, que está cheio de um líquido chamado labirinto e é formado pela cóclea. Quando recebe som, esse líquido mexe e estimula as células ciliadas, que gera impulsos elétricos ao cérebro, o que faz com que a audição ocorra”, disse.
A degeneração dessas células é a grande razão para a perda da audição, tendo em vista que com o passar do tempo, a intensidade e freqüência com que elas sofrem impulso do labirinto, comprometem seu funcionamento. “Um som acima de 100 dB (decibés) já contribui para a morte dessas células. Esses aparelhos eletrônicos que proporcionam esse volume em um fone de ouvido podem parecer inocentes, mas causam um trauma acústico seríssimo”, pondera. Para o especialista, há alguns anos a preocupação era menor, porque os aparelhos não tinham uma bateria tão longa. “Se o barulho for escutado por um tempo e passar por uma pausa, os problemas diminuem, o risco está na constância”, afirmou.
João Flávio explicou ainda que em alguns países existem leis que limitam o volume de aparelhos como MP3 e iPods. “O pior é que a maioria das pessoas não nota nenhum problema de audição durante muitos anos, porque só quando os incômodos são muito fortes é que procuram um especialista”, destacou. Outra questão levantada pelo otorrinolaringologista é a falta de acessibilidade e informações sobre prevenções de perda de audição. “Se os atendimentos básicos públicos já são difíceis, imagina especialidades que só mostram sintomas ao longo do tempo”, indagou.
O especialista alerta: “se há algum indício de que a pessoa não escuta direito, se amigos e família reclamam, é necessário que seja feito um exame de Audiometria, para saber se há alguma deficiência, e especificar o tipo e grau do problema”.